Google+ O Riso e o Siso: Ciladas do Gênio da Lâmpada

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ciladas do Gênio da Lâmpada


Por Dr. Delfino Anfilófio Petrúcio *
Palhaço pára-guru filosofático de Quinta Categoria
PhD em Charme, Beleza, Elegância e Gostosura
Formado na Universidade de Modéstia
com pós-especialização em Coisíssima Nenhuma e Algo Mais

Meus queridos e insistentes leitores, aviso aos navegantes: cuidado com seus rompantes, viu! Muita cautela aos incautos.
A todos os mais de 1.872.438 emails, cartas, pombos-correios, flechas e sinais de fumaça que o nobre e abilolado editor deste espaço bem poderia ter recebido por resposta ao artigo que neste prestimoso espaço publiquei na semana anterior, eu afirmo: muita, muita precaução com o que pensa, com o que deseja e principalmente com aquilo que protesta!
Lembram-se da minha indignação, não é? Mais do que indignação propriamente dita, o que me pegou na fibra do nervo ótico foi esse preconceito que sofre a maioria de nós, pobres terráqueos, que passamos vidas inteiras na esperança vã de sermos abduzidos, alçados a outras realidades de vida! O que é o Triangulo das Bermudas, as chapadas dos Veadeiros ou dos Guimarães têm que Parelheiros não tem? Que privilégios são esses, não é? Protestei mesmo!!! Comigo não tem dois-migo! Quando eu não tô bom eu fico pior ainda...
E aí é que deu no que deu...
Um dos meus pacientes surtou e resolveu trocar uma bela mansarda ao redor do Palácio da Alvorada por alguns meses no Baixo Glicério, em São Paulo. E lá fui eu ouvi-lo debaixo do Elevado, justo em dia de chuvaréu de verão. Digo "justo em dia de chuvaréu" simplesmente porque o dito-cujo entrou numas de "atender a um chamado" e seguir o rumo das águas bueiro abaixo... Então, lá fomos nós de galeria em galeria, surfando na fúria das ondas pluviais... No caminho ele se engraçou com uma capivara perdida e... bem, em nome da ética devo resguardar a intimidade amorosa de meus pacientes, espero que me compreendam, claro.
No entanto, até justamente por conta dessa discrição, eu segui meu rumo, acocorado sobre um grande pedaço de outdoor que, vai lá saber como, estava ali, abandonado naqueles bueiros imensos. Em poucos minutos, lá estava eu, sei lá como realizando um "tubo" perfeito e indo atracar minha inóspita embarcação à margem de um grande lago de águas suspeitas, onde me acomodei para planejar o meu retorno à civilização.
Foi neste momento que tudo aconteceu. Um clarão e VUPT!, virei salsicha de parafuso e, quando me dei por mim, percebi, por um vão qualquer de material transparente, que estava sendo alçado a uma altura inconcebível. Não demorou quase nada e eu percebi que não estava diante de um televisor assistindo a uma reexibição de "2001 Uma Odisseia no Espaço"... EU HAVIA SIDO ABDUZIDO!!!!
Uma coisa é querer! Outra coisa é administrar o desejo realizado! A primeira coisa que me veio à mente foi: "O tal Gênio da Lâmpada deve ter se divertido às pampas com as caras dos seus agraciados"... Eu pelo menos sempre morri de rir desses viralatas que perseguem os pneus e ficam com fuças de abobalhados com os pneus fazem sua vontade e param. Era o meu estado de espírito!
Meu relógio chiquetérrimo de bolso parou, então não sei dizer quanto tempo levou até a tal espaçonave ou o que quer que aquilo fosse pousasse num lugar bem esquisito, que, peço perdão, não vou conseguir reproduzir fielmente para vocês, aqui. Mas, resumidamente falando, lembrava um queijo suíço com fisionomia de samambaia com alzaimer, mais ou menos assim. E surgiu um... um... um cidadão?!, algo assim na minha frente que começou a emitir uns sons choramingantes para mim, que, vai saber como, eu conseguia compreender...
-- Bem-vindo, doutor Delfino! Obrigado por aceitar nosso convite.
-- Eu aceitei? Desde quando?
-- Desde que acatou a ação do nosso líder em seu planeta...
-- Líder?
-- Sim, senhor. A capivara naquela galeria subterrânea...
-- Mas, mas... o meu paciente, ele...
-- Estão trocando juras de amor, fique tranquilo. Nosso planeta precisa muito da sua ajuda, doutor... 
-- Minha ajuda? Mas... como eu posso ajudar?
-- Por favor, vista isso e nos acompanhe...
-- Ah, sim, oxigênio, não é?
-- Na verdade, temos que nos proteger contra sua poluição mental... Espero que não nos leve a mal... Vamos?

Foi um tempo incomensurável o que passei em Plutão. Um povo tremendamente hospitaleiro mas imensamente deprimido com o rebaixamento, desde que sua vivenda deixou de estar no ról de "planetas" do nosso Sistema Solar. Fui obrigado a lançar mão de todo, absolutamente todo meu cabedal e aplicar terapias das mais variadas vertentes, de Freud a Lair Ribeiro, de Zíbia a Paulo Coelho e a eletrorrisochoques!!! Hordas imensas se reuniram em vãos imensos de acústica exemplar e inominável para me ouvir falar de temas como auto-estima, auto-ajuda e auto-cócegas - técnica muito eficáz que me inspiraram certas correntes orientais do nosso planeta...
O difícil não foi atravessar (de forma o mais eficiente possível) todas essas surpresas e vicissitudes... Não. O problema foi aquela plutoniana... porque, me desculpem, mas que terráqueo... ou melhor ainda, que terráqueo brasileiro... ou mais precisamente falando, que terráqueo brasileiro criado no Bixiga resiste a um forte abraço de uma fêmea com seios nas costas e nádegas nas frentes?
Oh, ciladas!!!!
* Dr. Delfino Anfilófio Petrúcio é o alter-ego de Carlos Biaggioli (biaggiolic@yahoo.com.br)

Esse texto é uma continuação, clique aqui para ler o antorior!

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Valeu Nuti, em nome do Carlos, agradeço a leitura e o comentário! Esse maluco ainda vai dar mais coisas nessa galáxia! Vamos continuar postando...

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